Repórteres: Davi Pinho e Ana Luisa Prado, estudante de Jornalismo da UFV

Presente em mais de 60 países, tendo 500 projetos concluídos somente no Brasil, mais de 250 em andamento, cerca de 2 mil voluntários e mais de 60 mil vidas impactadas, o projeto Engenheiros Sem Fronteiras promove o desenvolvimento social e o protagonismo dos indivíduos.

Com vários núcleos pelo país e ao redor do mundo, a iniciativa teve início na década de 80, mas chegou no Brasil somente em 2010, através da abertura do núcleo de Viçosa-MG. Atualmente, a organização conta com 40 núcleos somente no país.

Ana Prado: O que é o projeto e como ele surgiu?

Nina Ferracioli: O movimento surgiu na França, no Brasil teve seu primeiro núcleo em Viçosa e tem como objetivo usar da engenharia para auxiliar em carências sociais e ambientais na sociedade.

AP: Qual é a missão a curto, médio e longo prazo do projeto?

NF: A missão do ESF núcleo Viçosa é promover a engenharia sustentável e a visão atual e para o próximo ano é ter reconhecimento na cidade com realizações de alto impacto social.

AP: Como o projeto impacta a realidade social dos moradores de Viçosa?

NF: Atualmente temos oito projetos em Viçosa, os principais são o AMANA, que tem como objetivo captar água da chuva para que escolas afastadas tenham sua reserva e o PROCAP que oferece capacitação profissional na área de produção de alguns tipos de alimentos e pequenos reparos para que pessoas maiores de dezoito anos que fazem uso do bolsa família obtenham sua renda através da venda desses produtos e serviços.

AP: Como funciona o diálogo entre o projeto e a prefeitura?

NF: Temos um parceiro na prefeitura, ele se chama Fabrício e é responsável pela assistência social, ele também cuida do projeto de lá [prefeitura] que se chama Inclusão Produtiva, nos passa novas demandas e nos leva a alguns eventos para consultar a população e descobrir do que precisam.

AP: Por que somente estudantes das engenharias podem participar do projeto?

NF: Fizemos uma mudança no nosso estatuto que está sendo registrada agora retirando essa restrição. Então, com exceção do diretor geral da organização, as outras vagas são abertas a todos os cursos.

AP: Como fazer parte do projeto?

NF: Temos processos seletivos semestralmente que ocorrem sempre no início dos períodos e são abertas aproximadamente vinte vagas por período.