SINFUP recebe homenagem na Câmara pelos 30 anos de serviços prestados

Repórter: Laura Beatriz, estudante de Jornalismo da UFV – Contato: laurabiah00@gmail.com

O SINFUP (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Viçosa) é um importante instrumento dos servidores públicos na luta pelos seus direitos, conta com mais de 1.100 filiados que têm o órgão como uma forma de ser representado. Nesse ano, o Sindicato completa 30 anos e na última reunião na Câmara dos Vereadores foi prestada uma homenagem a diretora e aos servidores ali representados. Maria Conceição, diretora do Sindicato, estava presente, participou da mesa diretora e fez um breve agradecimento, também concedeu uma entrevista apara falar mais desse momento tão importante para o SINFUP.

Laura Beatriz: É muito simbólica essa homenagem que vocês recebem. Por isso, gostaríamos que você falasse um pouco mais do trabalho do Sindicato em Viçosa.

Maria Conceição: O SINFUP tem como bandeira a luta do servidor público municipal e das autarquias, que são os nossos filiados, bora a gente venha com essas novas leis do Governo Federal que vem tentando colocar uma camisa de força nos sindicatos, a gente tem resistido muito, temos mais de 1.100 filiados que ainda acreditam que os sindicatos são capazes de erguer a bandeira de luta, até mesmo na questão do poder legislativo nos ignorar nós temos resistido então acredito que o Sindicato é luta e resistência enquanto a gente acreditar que devemos dar voz e vez para aqueles que lutam por essa sociedade.

LB: Você falou bastante sobre resistência, essa é a base do trabalho?

MC: Sim, eu falo que é um sindicato de resistência porque a gente sofre pressão de todos os lados, somos muitas vezes proibidos até mesmo de usar o espaço da Casa Legislativa, mas nós continuamos resistindo como a água, vamos sempre rodeando a pedra já que nós não podemos transporta-lá de uma vez.

LB: E qual é a principal dificuldade como um Sindicato?

MC: Eu acho que é o diálogo com o Executivo. Muitas vezes, somos vistos como inimigos e não é isso o que queremos, mas estamos em momentos antagônicos: eu estou para os meus servidores e a Prefeitura está para aquilo que acredita ser legislações, é como se fosse uma retaliação velada. Algumas coisas podem, outras não e a gente vai lidando com isso.

LB: E essa luta é mais movida por força interna ou vocês tem ajuda de fora?

MC: Não, a gente busca nos fortalecer entre nós e temos ajuda de um jurídico de excelente qualidade e realmente faz a diferença, nos orienta em todos os sentidos para que não façamos algo que possa denegrir a nossa imagem, agimos e buscamos dialogar com o Executivo dentro da lei.

LB: Qual a importância de receber esse prêmio depois de 30 anos?

MC: É interessante que 30 anos atrás, quando o Sindicato foi criado no pátio do Colégio Viçosa, eu estava lá. Não era servidora da Prefeitura ainda, mas a Rosângela Fialho era minha vizinha. Eu era na época professora do Estado e por acaso eu fui até o Colégio Viçosa para ver como seria e ajudei a colher assinatura das pessoas que lá estavam. Eu sou filha de um varredor de rua da Prefeitura, que entrou e se aposentou sem nenhuma valorização, e quando faleceu minha mãe passou a receber apenas metade do que era direito de sua aposentadoria, e isso me move a poder lutar pelos nossos servidores que são filiados, por nossos aposentados e por todos aqueles que fazem parte do corpo e da alma do nosso Sindicato.

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