Por: Guilherme Alves, estudante de Jornalismo da UFV.
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Na última terça (05), o professor do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Viçosa e membro do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES), Bruno Davi Henrique, esteve presente na reunião ordinária semanal da Câmara Municipal de Viçosa e afirmou que a UFV tem investido pesado junto aos órgãos públicos do município no combate ao novo coronavírus. Segundo ele, se a Prefeitura tivesse que arcar com os custos dos testes de PCR adquiridos pela Universidade, os gastos seriam maiores do que R$ 3 milhões.
“A principio, a UFV comprou 1.000 testes, e agora nessa semana mais 9.000. Esses testes na rede privada custam cerca de R$300 a R$380. Para a Universidade foi mais barato, mas se o município tivesse que custear isso, daria mais de R$3 milhões.”
– Bruno Davi Henrique
Bruno ressaltou ainda que a UFV tem caminhado lado a lado com os órgão públicos fazendo parcerias, principalmente no que diz respeito à construção da Unidade de Atenção Especializada em Saúde (UAES). Além disso, ele afirmou que a Universidade tem produzido Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) por um preço muito menor do que o de mercado e encaminhado aos hospitais da cidade.
“A UFV está produzindo EPI’s por cerca de 17 centavos e encaminhando aos hospitais. Esse mesmo material está sendo comercializado a mais de R$2,80 no mercado atualmente.”
– Bruno Davi Henrique
O professor do Departamento de Enfermagem reafirmou também que Viçosa, atualmente, atende os moradores da cidade e de mais 10 municípios que compõe a microrregião. Ele citou ainda que a UFV e o município estão fazendo testes de PCR até em pessoas chamadas de “Prioridade 4”, que são àquelas que tiveram contato com pacientes que já testaram positivo, e nem mesmo a testagem feita pela Fundação Ezequiel Dias (FUNED) abrange tantas pessoas.
No entanto, por mais que a situação até o momento esteja controlada, Bruno alerta que a expectativa é de que as coisas piorem um pouco, principalmente com a chegada do inverno, mas que a cidade está se preparando para “aguentar o tranco”.
Explicando os modelos de testagem
Ainda durante a fala do professor Bruno Davi Henrique, ele citou os modelos de testagem para pacientes com suspeita de COVID-19. Segundo ele, há duas maneiras de coletar esses testes. A primeira delas diz respeito ao RT-PCR (ou simplesmente PCR). De acordo com o membro do COES, esse se trata de um exame de biologia molecular, e o recomendado é que ele seja feito de três a sete dias após os primeiros sintomas da doença. Após esse período, a pessoa pode continuar contaminada, mas não há a certeza do resultado correto nos testes.
A outra maneira são os considerados “testes rápidos” (IgM, IgG, e outros) que devem ser coletados apenas após o décimo dia de sintomas. Isso porque esse se tratam de um exame que identificará anticorpos contra a doença em seu sangue, e esses são produzidos em maior quantidade apenas após o décimo dia. Caso coletado antes desse prazo, pode ser que o organismo do paciente ainda não tenha começado a “se defender” do vírus, consequentemente não terá anticorpos e o resultado da testagem estará comprometido.
li a reportagem e não entendi pq o poupou da manchete está entre aspas. Isso indica ironia e que não é o que houve de fato. Mas, pela reportagem a UFV está produzindo e comprando material mais barato, poupando os cofres públicos. Dá um duplo sentido bem “estranho” à matéria, insinuando que não está sendo poupada de verdade.
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As aspas são porque o preço pago não foi esse. Mas seria se fosse pelo município. Estamos sempre divulgando as ações da ufv. Abraços 😉
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