Moradores de Cachoeirinha se unem para auxiliar pessoas mais afetadas pela pandemia

Por Guilherme Alves, estudante de Jornalismo da UFV.

Foto: Júlio César Batista / Acervo Pessoal

Diante das restrições que a pandemia do COVID-19 obrigou Viçosa a tomar para conter o avanço da doença, alguns lugares foram mais afetados que os demais e, principalmente, os trabalhadores autônomos e de comércios menores estão passando por grandes dificuldades nesse momento. Diante disso, moradores de bairros e distritos altamente afetados economicamente pela pandemia, como os de Cachoeirinha, têm se unido para conseguir itens essenciais para os mais necessitados.

De acordo com o ex-membro e ex-coordenador do Conselho Pastoral de Cachoeirinha, Júlio César Batista, a lucratividade do comércio no distrito caiu bastante, assim como em qualquer outro lugar de Viçosa, e alguns outros nem estão abrindo devido a quantidade de normas necessárias para se regularizar e poder reabrir.

Júlio afirmou, no entanto, que não tem conhecimento de pessoas que passam atualmente necessidades extremas por lá, e que os moradores estão se organizando para conseguir cestas básicas para os mais afetados. Além disso, o ex-coordenador do Conselho Pastoral de Cachoeirinha pediu para que, se houver pessoas em estados extremos no distrito, ele está a disposição para ajudar.

“Os órgãos religiosos e a prefeitura têm tido um papel importante através das arrecadações e dos cadastros efetuados no bairro. Tivemos a participação de agentes do bairro neste cadastro o que possibilitou a chegada das cestas de acordo com os critérios da prefeitura. Para além disso, ocorrem algumas doações que chegam de outros órgãos como ONGs e entidades comerciais.”

“(..) Não é do meu conhecimento de que existem situações de fome. Caso existam e as pessoas estejam constrangidas em comunicar, me coloco a disposição para que procurem e assim, possamos dar andamento ao auxílio.”

– Júlio César

Quanto aos cuidados e seguimento das normas impostas pela Prefeitura, Júlio ressaltou que a maioria das pessoas estão as cumprindo devidamente, mas que ainda se percebe um grande número de pessoas que “desacreditam do perigo corrente”. Não se isolam, ficam em grupos nas ruas e não fazem uso das máscaras.

Deixe um comentário