Para tentar viabilizar o reabertura das academias e studios, os educadores físicos de Viçosa elaboraram um protocolo, que possibilitaria a volta das atividades com a segurança necessária. No entanto, os mesmos alegam que não obtiveram retorno do COES sobre o protocolo apresentado. Confira a matéria completa!

Academias cobram resposta sobre protocolo de reabertura enviado ao COES

Por Alexandre Leite, estudante de Jornalismo da UFV.

Academias cobram resposta sobre protocolo de reabertura enviado ao COES (Foto: Antônia Pires / Jornal de Viçosa)

Os educadores físicos da cidade vêm cobrando da Prefeitura de Viçosa um apoio mais eficaz durante esse período de isolamento devido à pandemia de Covid-19. Para tentar viabilizar de forma mais rápida e segura uma possível reabertura, esses profissionais elaboraram um protocolo, que orienta com normas o retorno das atividades presenciais nas academias e estúdios, tendo em vista o prolongamento da proibição das atividades físicas nesses locais durante o período de isolamento social.

O protocolo mencionado sugere a adesão de medidas de biossegurança adotadas por entidades asiáticas e europeias, que visam o uso de equipamentos de proteção individual, assepsia de mãos, calçados e equipamentos, e principalmente, respeitar o espaço limitado para prática de exercícios entre cada indivíduo.

O educador físico Adelon Motta, em entrevista ao JV, afirmou que, ao adotar essas medidas, as academias passariam a funcionar como uma espécie de studio, onde cada aluno teria um box específico para realizar seus exercícios. O entrevistado ainda ressaltou que o objetivo da classe não é abrir as academias a qualquer custo, mas sim com a maior segurança possível.

No entanto, o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES-Viçosa) deliberou em reunião realizada na último quarta-feira (10/06), a não regulamentação das atividades neste momento, devido a necessidade de aprofundamento das discussões a respeito.

Devido à paralisação das atividades nas academias, imposta pelo decreto do Executivo Municipal, a classe estima que cerca de 400 profissionais de educação física não recebem salário há aproximadamente 90 dias, e um total de 600 pessoas que atuam na área estão inaptas a trabalhar.

Por esses motivos, Ludimar Paulo Pereira, que também atua como educador físico na cidade de Viçosa, em entrevista ao JV, cobrou que o poder público auxilie esses profissionais durante o período em que não podem atuar.

“Acredito que o poder público poderia auxiliar tais profissionais e empresas através da isenção de impostos ou de um apoio financeiro, pelo menos durante o período em que não podemos atuar”.

Ludimar Paulo, em entrevista ao JV

O entrevistado ainda ressalta que apesar das medidas de redução do número de alunos e atendimentos personalizados poderem ajudar a possibilitar a reabertura das academias, elas podem acabar não atendendo financeiramente aos profissionais da área em relação ao custo-benefício de se manterem abertas.

Um fator que dificulta ainda mais a volta das academias e studios é o fato de elas terem sido classificadas como “zona roxa”, o que significa que o retorno das atividades só é recomendado em um cenário pós-pandêmico.

Aulas por lives aparecerem como alternativa

Assim como diversos setores, que durante a pandemia vem se adaptando, e utilizando a internet e as lives como uma forma de tentar contornar a situação e continuar com as atividades, os educadores físicos também têm investido nesse meio. Ludimar conta como está sendo a experiência com as lives.

Em um primeiro momento, as lives foram para mim uma forma de me manter ativo e atendendo meus alunos. Mas acredito que agora isso esteja virando uma nova forma de atuação do profissional de Educação Física.

 

Explica

Ele ainda ressalta que, apesar de serem uma boa saída, as lives não conseguem suprir totalmente o presencial e financeiramente elas acabam não tendo um retorno tão considerável.

“Financeiramente ainda se encontra engatinhando (as lives), pois tudo é muito novo, inclusive para os alunos, então é fácil entender porque ainda não se ganha dinheiro com as lives”.

 

Completa

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