Máscaras de tecido auxiliam renda de famílias viçosenses

Por Alícia Pinheiro, estudante de jornalismo da UFV

Com a ameaça da Covid-19 o mundo entrou em alerta, adotando medidas de segurança que modificaram as rotinas: o isolamento social, o uso do álcool em gel a todo momento e, principalmente, o uso de máscaras. Após a autorização das versões em tecido pelo Ministério da Saúde, novos ateliês e lojas voltadas para venda das “máscaras caseiras” surgiram, auxiliando aqueles que se protegem do vírus e aos que precisam complementar suas rendas. 

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Máscaras fabricadas e vendidas por Dayanne e Adélia: um auxílio financeiro | Créditos: Dayanne Duarte

É o caso da Dayanne Duarte, que faz a divulgação dos produtos, e sua mãe, Adelia Cunha, que é quem fabrica as máscaras: “Uma pessoa, que sabia que minha mãe costurava, deu a ideia de ela fazer para um grupo de conhecidos e, a partir daí, colocou para vender nas redes sociais”, a filha diz.

O uso das máscaras de tecido é extremamente encorajado pelo Ministério da Saúde: “Ela faz uma barreira tão boa quanto as outras máscaras,” afirmou o ex-ministro da Saúde  Luiz Henrique Mandetta no site oficial do Ministério.  Apenas após esse anúncio, a Maristela Coelho, que é proprietária do ateliê De Maria para Maria – localizado no bairro João Brás – se sentiu segura em suas produções: “Comecei a fabricação quando o Ministério da Saúde autorizou. Antes, eu comecei a testar, mas parei, pois estava tendo uma discussão muito grande sobre a eficiência ou não da máscara. Só quis começar a produzir depois da liberação de órgãos competentes, visto que o vírus é muito novo”, explica.

Além da proteção contra o vírus, o auxílio na renda é um dos pontos essenciais para os fabricantes. É o que afirma Dayanne: “Nos auxiliou principalmente no início, pois a pessoa que mora no nosso apartamento alugado estava também sem dinheiro para o pagamento. Aí complicou um pouco para minha mãe. Acabou que atrasou para ela também! Mas como saíam muitas máscaras, deu para cobrir as despesas da casa normalmente.” diz. 

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Fabricações de Maristela em seu ateliê: ““Aproveitei a oportunidade para usar estoque de tecido que eu já tinha” | Créditos: Maristela Coelho

Para Maristela, a confecção das máscaras foi uma grande ajuda, também: “Durante alguns dias, principalmente quando o prefeito de Viçosa decretou a obrigação de uso da máscara, eu trabalhei muito. Mas com certeza foi uma ótima oportunidade de gerar renda.” Além disso, a dona de ateliê também se beneficiou de uma outra maneira: “Aproveitei a oportunidade para usar estoque de tecido que eu já tinha e com isso desocupar espaço em meu ateliê e precisar investir menos em material. Mas separei os tecidos mais grossos, que seguiam as recomendações do Ministério”, afirma. 

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